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Entrevista com Ntemo António, sobrinho de Simão Toco, Sacerdote da Igreja

Perguntado o que sabe sobre seu tio Simão Toco ele respondeu:

Meu nome Ntemo Antonio, nasci aqui em Maquela na localidade de kikungulu.

O tio Simão Toco é filho paterno de Na Mpemba, do clã «Kimadungu»

O ancião Domingos Kibeta, o integrou na missão de Kibokolo, quando os missionários notaram que ele era inteligente, enviaram-no para Luanda, continuar seus estudos. Depois, regressou como professor em Kibokolo, foi quando me convidou lá na aldeia «Kikungulu» para viver com ele.Depois, foi trarnsferido para a BMS do Bembe, como professor eu também o acompanhei. Depois partimos do Bembe, Songo, Uíge, Kitexe, Kimaria, aí encontramos traficantes, que nos levaram até ex-Congo Belga, nos juntamos a eles fomos até ex-Congo Belga. Andámos, andámos, atravessámos o rio «Mbrige» sobre palmeiras que ele cortou e fez de jangada, porque não havia jangadas, erámos tres pessoas Ele, eu e o Garcia um jovem do Bembe, que o ajudava nos trabalhos de casa. Assustámos, já estavámos na outra margem. Onde encontrámos naquela madrugada, militares portugueses dormindo, Ele os chamava, mas eles cheios de sono não acordavam, continuamos nossa viagem e, chegamos a Matadi. O pai dele menor António Ngombo, enviou-lhe passagens, que permitiu chegar até Kinsahasa. Em Kinshasa viviamos no mesmo Quintal, Rua Barumbu, nº.54, casa do pai dele menor.Em Kinshasa ele desenhava quadros com vários motivos e depois aprendeu a arte relojoeiro, com o ancião Simão Vuvu. Em Kinshasa, depois da formação do «Coro Kibokolo» entregou--me ao primo dele que era proprietario de autocarros que ensinou-me a arte de mecanica auto.

Prissão de Simão Toco em Kinshasa (22Out1949)

Eu estava lavando pratos quando o Tio foi preso em Kinsahasa, ele estava vestido de uma camisola interior, escovava os dentes quando os policiais apareceram, para mim o tio disse:"tu ficas". Em Nsonambata, o tio ia lá em tratamento. É tudo que conheço sobre o meu tio.