No dia 13 de Janeiro de 1983, através de um comunicado a Igreja Central, anunciava aos tocoístas o início de uma longa viagem às terras longíquas, de Mayamona, e durante o Retiro espiritual não devia ser interrompido.
FotoCarmona, 26 de Junho de 1983
Mesmo naquele estado de saúde, em Outubro de 1983, mandava-me comprar pilhas e cassetes, porque desejava deslocar-se ao Bembe, talvez para mostrar-nos a arvore em que escrevia a DATA.Na manhã do dia de partida, já os anciãos, e ansiosos prontos para partirmos, quando descia às escadas lágrimando.
Na manhã do dia 21 de Dezembro de 1983, enquanto os Representantes das 18 Classes, 16 Tribos e Doze Mais Velhos, encontravam-se reunidos na Terra Nova, com o objectivos de tomarem medidas contra os elementos da «Cúpula», o Dirigente era surpreendido por uma crise cardiovascular «Trombose», que paralisava alguns de seus membros.
A partir daquele dia, o Assistente Médico, Afonso Malundama e outros profissionais da Igreja, iniciavam o tratamento ambulatório na residência, mesmo não sendo especialistas da doença.
A seguir os dados da tensão arterial, registados por irmão Afonso Malundama:
Dia 23/12/1983 - 140/10
Dia 24/12/1983 - 140/10
Dia 25/12/1983 - 140/10
Dia 26/12/1983 - 15/10
Dia 27/12/1983 - 14/10
Dia 28/12/1983 - 15/10
Dia 29/12/1983 - 16/10
Dia 30/12/1983 - 16/10
Dia 31/12/1983 - 11h05 min - 14/9
E, finalmente, às 15 horas do dia 31 de Dezembro, morria na sua residência, cita na Terra Nova, Travessa do Algarve, sem ter deixado qualquer testamento.
A noticia do falecimento, somente era divulgada no dia a seguir, na manhã do dia 1 de Janeiro de 1984 ou seja, 14 horas depois.
Na mesma tarde, os filhos da residência, comunicaram os anciãos da Direcção «CÚPULA»:Kimfumu Manuel, Konoka Pedro, Dombaxe Malungo, Lopes Martins Mpanzo, convidando-os a comparecer na residência, sem dar-lhes a conhecer do que se tratava. O autor dessas linhas «Mano João Daniel», ía chamar o ancião Lopes Mfwenge, que celebrava o casamento do irmão Daniel Kilulu, na Tribo Sulana, Bairro Palanca.
Os anciãos permaneceram o tempo todo em orações, pensando que voltaria.
Às cinco (5) horas da manhã de 1 de Janeiro de 1984, os anciãos Mpanzo Filemon, Martins Mpanzo, autorizaram o anúncio ao público, inicialmente dava a conhecer primeiramente às irmãs da residência que comemoravam a passagem do ano, porque a noticia era dominada apenas por poucas pessoas. A demora na comunicação devia-se porque os anciãos pensavam que fosse uma repetição do que acontecera em 1936 na Missão Metodista, quando Simão Toco, encontrava-se em estado de moribundo e o reverendo deseperado comprava um caixão ou mesmo do que acontecera em Nsonambata, quando o coro já cantava hinos funebres, essa foi a razão pela demora da publicação e, por fim, do medo de serem castigados.
Simão Toco (1977, 15 de Agosto) "João, vai fazer a informação da Igreja".
«Os Tocoístas»