Em Fevereiro do ano de 1963, o Tocoísmo surgiu na actual comuna do Béu, municipio de Maquela do Zombo, Provincia do Uíge.
A comuna de Béu, localiza-se na Provincia do Uíge, Municipio de Maquela do Zombo, tem de superficie territorial 3.012 km2 [GEPEUíge2010], dista 75 km da sede municipal e encontra-se na vertice, que liga: Béu-Maquela, Béu-Sacandika e Béu Cuilo Futa. Era conhecida como Béu (Comercial ou Central).Sua Reserva Florestal, tem uma area de 1.400km2, e um Posto Fiscal (Béu fiscal), criado em 1954.
Distâncias: A comuna de Béu dista a 75 km da sede municipal, 82 km da comuna de Sacandica e 64 km da comuna do Cuilo Futa.
A comuna de Béu tem sete (7) Regedorias:
1. Mpombo
2. Béu
3. Nsamba
4. Baka
5. Benga
6. Tau
7. Luakala
Béu é nome da comuna, aldeia (Mbewu Vata) e do rio, Mantufu era o nome do soba que convidou o primeiro europeu que aí chegou, para se fixar na região. Inicialmente, era conhecido como "Mbongi Mantufu", na década 40 a administração colonial num decreto, proíbia a atribuição de nomes de autoctones a localidades na Província de Angola, assim, a região ficava conhecida o nome do rio Béu, (MBEWU), como nome da aldeia (Mbewu Vata), e do Posto administrativo.
Béu, inicialmente Posto Militar, localizava-se junto da arvore centenária "M'BIDI", mais tarde era transferido para o actual local. E, pela Portaria nº.832 de 1 de Agosto de 1911, era elevado para Posto Administrativo do Concelho do Zombo.
Breve Resumo Histórico do sobre o surgimento do tocoísmo na comuna de Béu
Na comuna de Béu o tocoísmo surgiu depois da resposta do Dirigente dos Tocoístas aos anciãos de Béu (antigos anciãos da Igreja Baptista) que pediam sua adesão a organização. No dia 21 de Fevereiro de 1963, os anciãos de Béu fizeram leitura da carta de Simão Gonçalves Toco e decidiam iniciarem suas cerimonias religiosas, com o impulsos dos anciãos MAnuel Nsitusadila da aldeia Kimbele e André Nzandi da aldeia Mvwenga, que pertenciam a organização.
Os cultos públicos eram realizados na aldeia Mvwenga e onde estava instalada sede. O aumento do número de prosélitos, começava a preocupar tanto as autoridades como os anciãos da Igreja Baptista local.
Não passou muito tempo, para que as autoridades agissem contra os tocoístas, interditando o movimento na região, uma decisão negada pelos anciãos principais. No mês de Julho dias antes da partida de Simão Toco para o exilio em Portugal, na Ilha de Açores, às autoridades aprisionaram os 10 anciãos principais, assassinando barbaramente cinco, entre eles:
1. Samuel Tungu
2. Simão Mpatu
3. Manuel Nkenzi
4. Filipe Nsumbu
5. Manuel Nkosi
Por fim os militares da administracção tomaram as jovens coristas como suas mulheres. Apartir dali, as actividades passavam-se na clandestinidade, mesmo assim registava-se novos membro.
No quadro de pesquisas e recolha de dados sobre o surgimento do tocoísmo no Béu, desloquei-me a procura do ancião João Mutala, que era chipaio no posto Béu, e, hoje pastor de uma Igreja, que também fazia parte do grupo PINICO que havia preso os anciãos, meu objectivo era conhecer onde haviam mortos e enterrados, mas segundo ele, foi uma missão relâmpago dos soldados brancos, nenhum chipaio os acompanhou.
Simão Gonçalves Toco (1977, 15 de Agosto), "João, vai fazer a informação da Igreja"
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