De: Simão Gonçalves Toco, S.Miguel Açores, 15 de Março de l973 (Extracto)
[…] Podem dizer o que querem dizer mas eu continuo a esclarecer-vos a verdade. A Nova Jerusalém que esperamos eu não tive sorte na minha vida quando estava a estudar em Luanda. São coisas que eu não quero dizer porque o mundo crê, vendo, mas só ouvir não crê.
Estava doente na Missão Metodista Episcopal de Luanda em 1935/36. Estava quase morto alguns colegas de ambos os sexos choravam , eu estava no colo da minha Mãe espiritual a mãe da minha irmã Lúcia Alberto da Silva.não sei se elas ainda vivem. Só a irmã Maria Victorina é que sabe a verdade da minha doença e alguns irmãos de Ambrizete daquele tempo o senhor. Rev. Augusto Klebsaltel da Missão pela ordem do, digo perdendo o ânimo e paciência ,comprou o caixão que custou 500$00 escudos se não me engano e naquela altura a Senhora Maria Vitorina era minha colega na escola primária na 3ª e 4ª classe quando namorava com o Senhor Professor João Rodrigues ignoro a causa que lhe fez separar ou romperam o namoro, mas sei que o Senhor professor João Rodrigues casou-se com a minha colega Luísa. São coisas da vida de cada um...
O que eu queria dizer é o seguinte:
Estava quase morto no colo da Senhora Maria Júlia Adriano que mora na Sambizanga, que a irmã Victorina que faça-me o favor dizer-me se essa família vive pois desejava saber a saúde deles, não quer dizer que eles sejam Tocoístas…Enquanto estavam a chorar eu não estava a ouvir, mas vi uma visão . Sub¡ numa montanha, vi uma LUZ era branca ora amarela de uma linda Cidade e ouvi uma voz é a Nova Jerusalém futura.
Quiz passar no outro lado da montanha que separa o mundo e a cidade, apareceu o Elias era alto e disse: Simão aonde vais? Eu respondi: quero ver aquela cidade . Ele disse: Não é agora mas futuramente. Eu disse não quero voltar mais no mundo ele porém disse: Tens muita coisa a fazer no mundo. Eu não quis e Ele deu-me um grande pontapé como quem chuta uma bola e gritou: volta e verão mais tarde se guardarem a fé , e comecei a saracotear-me ou precipitar-me ,ou rolar-me de cima para baixo da montanha como uma bola e ouvi os choros dos colegas e disseram ele abriu os olhos etc. bem são casos da doença quem acredita acredita e quem não quer acreditar que fique nas suas.
A BEM DA IGREJA
Simão Gonçalves Toco (1977, 15 de Agosto), "João, vai fazer a informação da Igreja"