Actividades do Grupo Doze (12) Velhos, depois da prisão de Simão Toco

Retrospectiva histórica do  surgimento do tocoísmo - Actividades do Grupo Doze (12) Velhos, depois da prisão de Simão Toco

Atenção, entende-se aqui Doze (12) como o primeiro Grupo da Igreja «tocoísta» e não como direcção da Igreja.


20 DE OUTUBRO DE 1949

No dia 20 de Outubro de 1949, Simão Toco em conversa com os anciãos atesta do movimento, lhes falou que caso ele fosse preso, estes deveriam procurarem lugar fora das vistas das pessoas afim de jejuarem e orarem, para que Deus diminuísse a fúria das autoridades.

22 DE OUTUBRO DE 1949 - Prisão de Simão Gonçalves Toco


Depois das queixas e denúncias, na manhã do 22 de Outubro, o Administrador dirigiu-se a casa de Mvuama Garcia, que estava inspirado e arrancou os brincos de uma moça, foi preso ele e os demais que estavam com ele, posteriormente seguiu ao Mahenge nº.159, prendeu Simão Toco, Maria Rosa Toco, Kinavuidi Ambrósio M'vanga, prorpietario do quintal onde vivia o Dirigente. Naquela Simão Toco, estava vestido de uma calça branca e camisa interior.
Após a prisão, os anciãos que dias antes recomedava que caso fosse preso eles deveriam afastarem-se e vigiarem em oração, seguindo arecomedação, foram para a Rua Boende nº.254, onde permaneceram em orações e jejuns durante (8) dias sem comer nada.

Por volta das (11h00) do mesmo dia foi denunciado também o mestre de coro, Mfuka Gabriel Tomás, professor da Escola Armé du Salut.


Depois da prisão, os «tocoístas» se dirigiam a prisão onde foi conduzido Simão Toco para serem também presos. 

Durante o processo, os «Tocoístas» se concentravam nos domingos na Rua Kitega nº.155, porque de lá obtinham qualquer informação sobre a situação, vinda do Dirigente. Nos domingos, os anciãos fortificavam o povo «Tocoístas».


Foi quando teve a ideia sobre formação do Grupo Doze (12) Velhos, e lhes recomendou para que escrevem uma carta dirigindo-a ao estado, seguindo a recomdação eles falaram com o irmão Luvualu Davidi, um dos fieis. Quando mostraram a carta por ele escrito ao Dirigente, ele que reprovou a linguagem, e disse-lhes que se entregassem não teriam resposta. Ordenou que se contasse outra pessoa, assim foi escolhido "Manuel Bamba" ou Bamba Manuel. Mas, recomendou-lhes que não revelassem quem a escreveu, ainda que fossem  castigados, "porque ainda não chegou a hora dele também ser preso".

9 DE JANEIRO DE 1950


Nesse dia, o Dirigente Simão Toco e seus adeptos os«Tocoístas», numa composição de oitenta (82) pessoas, foi expulso de Leopoldville para Angola.


No dia 15 de Janeiro de 1950, o povo «Tocoístas» reuniram em Kitega casa nº.155, quando apareceram os senhores MAURICIO BONGA, DOMINGOS ENDUNGUDIANI, e outros, portadores da mensagem de advertencia do governo, ameaçando-os que caso não abandonassem a nova religião, seriam postos em tambores de gasolina, e como se não bastasse exigiam que fossem retirados  as estrelas que exibiam.
Essa exigência, obrigou os Doze (12) Velhos, primeiro grupo da Igreja, a endereçarem mesmo a carta às autoridades do governo do ex Congo Belga.

CARTA AO GOVERNO

A única coisa que pediam era permitir partir com todo o povo «Tocoístas», tanto os que encontravam nas cadeias como em casa. A carta foi redigida por Senhor BAMBA MANUEL, Regente coral do grupo de Nsona-Bata, e ex Ministro das Finanças do Governo de Mobutu, ex República do Zaíre.
A comitiva que se deslocou e contactou as autoridades:


1. Mankota André
2. Mavembo Sebastião
3. Makuikila Manuel
4. Povi PAulo Davidi
5. Antonio Manuel Ferraz
6. Nkanga Pedro
7. João BAptista Felix
8. Sala Ramos Filemon
9. Luku Antonio Luwawanu
10. Teka Tomás
11. Tunga Daniel
12. Kula Daniel

As pessoas eram substituidas assim que fosse preso alguem, no seu lugar entrava outro.
Enquanto durava o processo, eram presos outros anciãos pelo facto de ser encontrada uma foto onde estava um senhor de nome Mpasi Muntu, nela, estava uma luz resplandescente, inicidia sobre ele e as autoridades queriam uma explicação daquele reflexo, e assim, aprisionaram os que estavam na foto:

1. Manuel Toco Diakenga
2. Mena kuluse Lutokamu Timoteo
3. Vita Manuel Nkankembi
4. Pedro Nzonza
5. Miguel Masukinini


Na prisão OFILTRA encontraram os demais «Tocoístas» dia 28 de Março de 1950.
Pelo Vumambu João Davidi.-

A BEM DA IGREJA

Fonte:Arquivo Benguela

Simão Gonçalves Toco (1977, 15 de Agosto), "João, vai fazer a informação da Igreja"


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Last modified on Tuesday, 03 October 2023 05:54
JMayele

Página Web de informações sobre Vida e Obra de Simão Gonçalves Toco, Tocoistas, Igreja INSCM e do Tocoísmo, que utiliza como fonte:Cartas Circulares de Mayamona, em Arquivos da Igreja, Ofcícios da PIDE/DGS (IANTT) e dados colectados em entrevistas com fontes primárias e secundárias nas cidades de Luanda,Benguela e Uíge.

Atenção: Não é a página Oficial da Igreja, também sua intenção não é substituí-la, Mano João Daniel um dos jovens da Residência de Simão Toco (1974-1984), que depois de montar o «Centro de Documentação Simão Toco ou Arquivo Virtual» utilizando Cartas circulares de Simão Toco para os «tocoístas» (1950-1974), cria esse espaço informativo para cumprir com às palavras do Dirigente que em 15 de Agosto de 1977, minutos antes de ser preso pela ODP (Organização da Defesa Popular), declarou:" João, vai fazer a informação da Igreja". Também surge para fornecer seus subsídios aos que investigam sobre Vida e Obra de Simão Gonçalves Toco (1918-1984).

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