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Dimuca é Comuna do Município de Negage, Província do Uíge, foi criada, em 1920. A sede na povoação chamava-se Entre-os-Rios, nome dado a essa localidade por se situar na confluência dos rios Lulôvo e Lucala. Dimuca tem cerca de 888 km2 de area superficial.
Dois meses depois da independência de Angola, na manhã de 06 de Janeiro de 1976, apareceram naquela localidade, militares fortemente armados que assassinaram nossos irmãos pela sua convicção religiosa de serem «tocoístas», entre eles:

1. Mateus Joaquim
2. José Zua
3. Manuel Bige
4. Jones Manuel
5. Carlos Capombo
6. Ernesto Capombo
7. Dinis José
8. Laurindo Nioca
9. Eduardo Malumbe
10. Ernesto Dala
11. António Muhongo
12. Manuel Miango
13. Necas Mateus
14. Albertina Cambambe
15. Mariana Virgilio

  Todos eles, foram enterrados numa «Vala comum», a poucos metros da sede Classe.

 Não pararam somente aí, em finais de 1976, outros 06 tocoístas que se encontravam no Tabernáculo, eram assassinados pelos mesmos motivos, na Igreja do Puri, aldeia Cangundo/Catinga.

 No dia 15 de Fevereiro de 1987, outros irmãos nossos pertencentes ao Grupo de Representantes das 18 Classes e 16 Tribos, no Bairro da Terra Nova em Luanda, local da «Tribo dos 24 A/B naturais de Malange» perderam suas vidas pelos mesmos motivos.

Alguns dos corpos desses irmãos foram enterrados pelo Estado às 18h, no Cemitério de Santana, outros pelas suas famílias, mas o Governo angolano passou as certidões de Óbitos. Isto é, aqueles corpos que as famílias tiveram medo de mostrar cara, foram sepultados em «vala comum» e às corajosas que solicitaram os corpos, esses foram sepultados em campas normais no período da manhã.

Até hoje, «Os Tocoístas» contrariam a versão do Governo angolano que alegava morte por várias patologias.

Simão Gonçalves Toco (1977, 15 de Agosto), "João, vai fazer a informação da Igreja"